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Somos uma parte da igreja nesta cidade.

VIVENDO UM EVANGELHO SIMPLES
Procuramos nos reunir apenas no nome do Senhor Jesus, onde Ele é o centro das reuniões e de todo o nosso viver. O Espírito Santo está falando ao coração de muitos e convencendo pessoas sobre viver a vida da igreja de uma maneira simples e pura, baseada em um caminhar na dependência do Espírito Santo e em relacionamentos de amor e serviço com outros irmãos.


A Dimensão do Corpo

À medida que o mundo se torna mais, hostil que as forças do mal aumentam, que o amor esfria, que a fé decai, que os gigantes da fé diminuem, que os esforços individuais se tornam insuficientes, faz-se imperativo ver o corpo, funcionar como corpo, e dar a batalha como corpo – como o corpo de Cristo.
Provavelmente conhecemos o Senhor em um ambiente onde a fé era intensamente individual, onde se premiavam o esforço e a iniciativa própria; provavelmente andamos, por anos, na batalha, como cristãos independentes, ou, junto a outros que conformavam ao "nosso grupo", velando pelo interesse particular, nossa obra particular, e conhecendo nossos problemas particulares; entretanto, em algum momento, Deus nos conduziu por um caminho de fracasso no individual, para que entrássemos em uma dimensão antes não conhecida.
Deus nos introduziu, a uns talvez pouco a pouco, ou talvez de maneira mais forte, na comprovação de que só fracassamos; que somos insuficientes, que não podemos prevalecer por nossas forças, porque a vontade de Deus desde tempos remotos sempre foi o corpo – só que nunca o vimos assim. Por anos pensamos que nós –nosso pequeno "grupo"– era o foco do interesse de Deus, uma espécie de "ilha da fantasia", onde tudo era poético, e que fora de nós, de nosso ambiente tão especial, nada era possível, tudo estava em ruínas.
A princípio resistimos a essa idéia, porque não é fácil aceitar que somos um fracasso. Tivemos ainda arrestos de herói - os últimos suspiros de uma causa perdida. Aferramos aos princípios que, por anos, pareceram nos dar resultados; multiplicamos o esforço, a oração e o jejum. Inclusive procuramos desesperadamente ajuda. Entretanto, nada resultou.
Então, de repente, Deus nos levou a olhar para o lado. E o que vimos? Vimos outros –irmãos nossos– que estavam na mesma condição: Como feridos depois de uma batalha; como veteranos de guerra prematuramente despejados. Então começamos a nos contar nossas penúrias, a nos confessar nossos fracassos. E então juntos –graças a Deus–, começamos a recobrar forças, a olhar para o trono da graça de Deus. Tivemos a esperança de que juntávamos todos os fracassados, exausto pelo inimigo, podíamos talvez sobreviver.
Então a Palavra se tornou mais clara para nós, e vimos que a Bíblia é intensamente corporativa. Que as epístolas do Novo Testamento são 'eclesiológicas' e não personalistas. Que a vontade de Deus tem a ver com o corpo e não com o indivíduo. Que as mais consistentes promessas de Deus em tempos de luta, de perigo, e de escassez são para a igreja e não para o cristão particular.
Vimos a beleza da palavra "membro" no lugar de "indivíduo"; a beleza dos muitos membros atuando sincronizadamente sob a direção do Espírito, e não a humana sabedoria de um sistema finamente estruturado. Comprovamos a preciosidade da vontade de Deus "agradável e perfeita", que é viver a preciosa vida ressuscitada do Filho de Deus em forma coletiva, e que une o todo o precioso corpo de Cristo sobre a terra.

O sólido fundamento de Deus

Qual é a firme base sobre a qual Deus levanta a sua obra? Há três episódios no Novo Testamento, associados com o apóstolo Pedro, que respondem estas perguntas.
A confissão de Cesaréia. Em Cesaréia de Filipe, Jesus pergunta a seus discípulos quem dizem os homens que ele é. Eles lhe dizem que todos lhe associam com algum dos profetas. Então ele lhes pergunta o mesmo. Pedro diz: "Você é o Cristo, o Filho do Deus vivente". O Senhor replica: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não lhe revelou isso carne nem sangue, mas sim meu Pai que está nos céus" (Mt. 16:16-17). Jesus é o Ungido de Deus, em quem o Pai quis reunir todas as coisas. Também é o Filho Unigênito de Deus. E a única maneira como pode ser conhecido é por revelação do Pai.
O fundamento de toda a obra de Deus não é um conhecimento bíblico de Cristo, mas sim a revelação interior, que é o ponto de partida de uma relação vital com o Senhor. Esta revelação é absolutamente pessoal. João diz que o evangelho foi escrito "para que creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenham vida em seu nome" (João 20:31). Esta é a razão de ser de toda a Escritura: que os homens creiam corretamente, para que crendo, tenham vida em seu nome.
A interrupção no monte. O Senhor leva a Pedro, João e Tiago ao monte, e ali se transfigura diante deles. E aparecem junto a ele Moisés e Elias. Então Pedro propõe fazer três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias. Nesse momento, uma voz da nuvem diz: "Este é meu Filho amado, em quem tenho prazer, a ele ouvi" (Mt. 17:5). O Pai intervém do céu para fazer calar a Pedro, e pôr as coisas em seu lugar. Moisés (a lei) e Elias (os profetas) vieram até João (Lc. 16:16), mas desde então, só uma voz deve ouvir-se, a voz do Filho de Deus.
Crer que Jesus é um profeta, não é suficiente; é preciso crer o que ele é em sua preciosa pessoa: o Cristo de Deus, e o Filho de Deus. Estas coisas foram ocultadas aos sábios e aos entendidos e reveladas aos pequeninos (Mt. 11:25).
O testemunho diante do concílio. Logo depois da cura do coxo no portico A Formosa, Pedro é levado diante do concílio. Ali ele dá testemunho dizendo: "Jesus Cristo de Nazaré .. a quem Deus ressuscitou dos mortos ... Este Jesus é a pedra reprovada por vós os edificadores, a qual veio a ser cabeça da esquina" (Atos. 4:10-11).
Pedro testifica da ressurreição de Cristo. Como poderia ser Jesus o fundamento da obra de Deus se tivesse sido vencido pela morte? Em seguida, ele dá testemunho a respeito de Jesus como a pedra de esquina, reprovada pelos edificadores. Os homens lhe resitiram, mas Deus o tem aprovado! A rocha não é Pedro, mas sim Cristo. E não é só Cristo exaltado à mão direita do Pai, mas sim Cristo dado a conhecer pelo Pai na terra. A obra de Deus só tem uma base sólida em Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivente.

Sacerdócio e vida

O que é um sacerdote? Ele não é um oficial ou um membro de uma casta religiosa, mas um homem que resiste à morte e ministra vida. O objetivo único e mais abrangente de todos os tempos –o grande propósito de Deus de eternidade a eternidade– pode ser descrito na linguagem do Novo Testamento como vida eterna. Assim que o pecado entrou no mundo surgiu a morte e, então, os homens precisaram de um altar e do derramar de sangue a fim de que o pecado pudesse ser coberto pela justiça e a morte ser vencida pela vida divina.

Juntamente com o altar surgiu ali a atividade pessoal de um homem chamado de sacerdote, e assim, com o passar do tempo, tal serviço cresceu e cresceu até se transformar em um elaborado ministério sacerdotal. Como um poder ativo, a morte somente podia ser detida, anulada e removida ao ter devidamente confrontada sua base no pecado. Daí a necessidade do ministério sacerdotal de justiça, a justiça perfeita da vida incorruptível expressa pelo sangue da oferta. Israel devia ser uma nação de sacerdotes, um povo baseado e fundamentado na própria justiça de Deus e, por isso, capaz de encarar a morte e derrotá-la.

A Igreja foi chamada para exercer este ministério. O próprio Senhor Jesus previu isto ao dizer: «Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos» (Mt 21:43). Mais tarde Pedro explicou que os pecadores redimidos se tornaram participantes da vocação espiritual, sendo a «nação escolhida», o «sacerdócio real», devendo assumir a grande vocação de serem, da parte de Deus, ministros da vida na terra.

Assim nós descobrimos que, como membros do Corpo de Cristo, nós temos um relacionamento com Ele, o grande Sumo Sacerdote, que é análogo àquele entre Arão e seus filhos, que participavam de seu trabalho sacerdotal. Na carta aos hebreus, a qual trata deste assunto, nós temos uma espécie de Levítico neotestamentário. Nesta epístola, os crentes são denominados tanto de filhos como de «santos irmãos», como se Cristo nos considerasse Seus filhos – «Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu» (Hb. 2:13).

Por meio de nós, portanto, como membros de Cristo, o grande trabalho sumo sacerdotal no céu deve encontrar expressão aqui na terra. Se nós perguntarmos qual é o significado do contínuo trabalho do Senhor como Sumo Sacerdote, a resposta é: trazer vida sobre a morte, anular a operação e reinado da morte espiritual.

O maior conflito da Igreja é com a morte espiritual. Quanto mais espiritual um homem se torna, mais consciente ele está da horrível realidade desta batalha contra o maligno poder da morte. Nenhum sacerdote ou levita do Antigo Testamento jamais tentou se tornar lírico sobre este assunto ou falar em linguagem poética como se a morte fosse algum tipo de amigo. Ah não, eles sabiam ser a morte a grande inimiga de Deus e de todos os Seus interesses.

Quando as Escrituras falam da morte como o último inimigo, isto não somente significa que é a última na lista, mas que é o inimigo derradeiro, a expressão completa de toda inimizade. O efeito do sacerdócio é ilustrado repetidas vezes na Palavra de Deus. Nós observamos a morte adentrando por causa do pecado e, então, Deus intervindo com Sua resposta de vida por meio do sacrifício de sangue. O sangue fala de uma justiça aceita e, por meio disto, o sacerdote estava habilitado a enfrentar a morte, vencê-la e ministrar vida.

Finalmente ouvimos falar do Senhor Jesus, que encontrou a morte na concentração de toda sua inimizade, derrotou-a por meio do perfeito sacrifício de sangue da Sua própria vida e, então, deu início à Sua obra sacerdotal de ministrar vida aos crentes.

O sacerdote é um homem que tem autoridade, embora esta seja espiritual e não eclesiástica. Ele tem poder com Deus. O apóstolo João fala do caso de alguém que cometeu um pecado que não leva à morte, e ele diz: «pedirá, e Deus lhe dará vida...» (1Jo. 5:16). Esta referência revela que um crente que permanece na base da justiça pela fé por meio do sangue de Jesus pode exercer o poder do sacerdócio em benefício de um irmão que errou e, assim, ministrar vida a ele.

Certamente não há ministério mais necessário na terra hoje do que este ministério tão vitalizante. Se nós ministrarmos verdades que não emanam vida, estamos desperdiçando nosso tempo. Deus não nos comissionou para sermos meros transmissores de informação sobre coisas divinas ou professores de moralidade. Ele nos libertou de nossos pecados para que pudéssemos ministrar vida a outros em virtude da autoridade sacerdotal.

Vivemos em um mundo onde a morte reina. Diariamente multidões são arrastadas por uma maré de morte espiritual. Por quê? Por causa da injustiça. Precisa-se da atividade daqueles que aceitarão suas responsabilidades sacerdotais, tanto pedindo vida para outros quanto oferecendo vida a eles por meio do evangelho. Nós devemos ministrar Cristo. Não meras doutrinas sobre Ele; não meras palavras ou mandamentos, mas o impacto vital de Cristo em termos de vida. Assim, todo crente é chamado para se posicionar entre os mortos e os vivos dando a resposta de Cristo para as atividades de Satanás.

Não é de se admirar que o reino de Satanás esteve em guerra com Israel, pois a presença desta nação em um relacionamento correto com Deus proclamava efetivamente que o pecado e a morte não reinam universalmente no mundo de Deus, mas foram enfrentados e superados pelo poder de uma vida justa e incorruptível. No fim, Israel perdeu este testemunho e, por conseqüência, o ministério sacerdotal.

Então surgiu a Igreja, para dar continuidade a este ministério, sendo não mais um povo localizado em uma terra, mas uma comunidade espiritual espalhada por toda a terra, um povo cuja vocação suprema é manter a vitória de Deus sobre a morte, conforme o testemunho de Jesus. E qual é o testemunho de Jesus? É o testemunho do triunfo da vida sobre a morte. Ele mesmo assim o descreveu a João: «[Eu sou] aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno» (Ap. 1:18). Este testemunho foi depositado na Igreja e imediatamente os discípulos o apresentaram poderosamente entre as nações.

Infelizmente, sob vários aspectos, a Igreja agora está falhando em sua vocação sacerdotal. Esse elemento vital da vida vitoriosa parece estar faltando. As cartas no início do livro de Apocalipse mostram que Cristo não estava satisfeito com as muitas boas atividades, trabalhos zelosos, ensinamentos corretos e persistência na ortodoxia das igrejas. Ele tentou chamá-las de volta à sua verdadeira tarefa de demonstrar o poder de Sua vida vitoriosa em face de qualquer desafio.

Que ministério nós queremos? Correr de um lado para o outro assistindo conferências, dando palestras, apoiando o trabalho cristão? Tudo isso pode fazer parte, mas é de pequeno valor se não se encaixar no contexto da batalha sacerdotal contra a morte: trazer o impacto poderoso da vida vitoriosa de Cristo para enfrentar o desafio da morte.

O livro de Apocalipse deixa claro que tal testemunho provoca a animosidade de Satanás, mas tal inimizade deveria ser um elogio para nós, pois significa que nossa vida está realmente fazendo diferença para Deus. O dia em que você ou eu não mais estivermos envolvidos na batalha espiritual será um dia ruim, pois significará que perdemos nossa verdadeira vocação e não estamos mais provendo um desafio real para a morte espiritual, mas estamos fracassando no que tange ao ministério sacerdotal. Por outro lado, o antagonismo doloroso das forças do mal pode ser uma prova clara de que nós estamos verdadeiramente servindo como sacerdotes.

Examinemos todas as coisas pela vida, a vida que é vitoriosa sobre o pecado, a vida que liberta das cadeias, especialmente da cadeia do medo, a vida que se expressa por meio do amor por pecadores necessitados. João não apenas nos encoraja a orar por vida, mas nos assegura que Deus a dará em resposta a tal oração: «e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte». Nós não devemos fracassar em nosso ministério sacerdotal!

T. Austin-Sparks

Fonte: Revista Águas Vivas - Ano 7 · Nº 41

O sacerdócio dos crentes é uma reação da vida divina contra a morte espiritual.

Somos uma parte da Igreja nesta cidade


VIVENDO UM EVANGELHO SIMPLES
Procuramos nos reunir apenas no nome do Senhor Jesus, onde Ele é o centro das reuniões e de todo o nosso viver. O Espírito Santo está falando ao coração de muitos e convencendo pessoas sobre viver a vida da igreja de uma maneira simples e pura, baseada em um caminhar na dependência do Espírito Santo e em relacionamentos de amor e serviço com outros irmãos.

FORA DO SISTEMA RELIGIOSO
No mundo inteiro Deus tem chamado pessoas para saírem dos sistemas religiosos que são controladores da fé dos irmãos e manipuladores dos sentimentos e da alma dos que tem sede de Deus. O Senhor Jesus está fazendo isto porque quer que seu povo o sirva com liberdade no Espírito; Ele quer que nós o conheçamos de fato e intimamente e que caminhemos em sua graça, livres de todo tipo de religiosidade e leis humanas que servem apenas para desviar as pessoas Dele.

REUNINDO EM SEUS LARES
Assim como nossos irmãos no passado, buscamos uma esfera de comunhão nos reunindo em nossas casas, onde o ambiente é propício para todos funcionarem e exercitarem seus dons. Cada irmão que tem no coração o desejo de servir ao Senhor Jesus pode hospedar a igreja em sua casa (RM 16:3-5).

VENCENDO O MUNDO
O crente deve vencer o mundo visível e as coisas do mundo invisível também. O apóstolo escreve: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provais os espíritos”. “Provar os espíritos” tem a ver com o mundo espiritual. “Mas posso fazer isso?”, você perguntará. Você pode, pelo menos, fazer a primeira coisa: não dar crédito a todo espírito. Você pode manter uma atitude de neutralidade em relação a todas as coisas do mundo espiritual até ter certeza de que elas são de Deus, em vez de manter-se aberto para tudo, por temer estar rejeitando o que possa ser de Deus. Quando Deus diz a você para duvidar, é preciso duvidar. Você tem ordem para duvidar até que tenha provado. Será que Deus vai ficar entristecido por isso?

“Porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”. Esses espíritos são, então, os espíritos que falam e ensinam por meio dos homens, de acordo com 1 Tm 4:1-4.
Aquele que deve vencer precisa provar os espíritos hoje, até que provem ser de Deus; ele não deve crer em qualquer espírito que ensina pela boca dos homens, não importa quão bons sejam, sem provar a origem dos ensinamentos por sua postura para com o Senhor Jesus Cristo. (Jessie Penn-Lewis, A Cruz: O Caminho para o Reino)
Deus, o mesmo que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos ou santuários feitos por mãos humanas. (Atos 7:48, 17:24) Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até o fim. (Hebreus 3:6)