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Somos uma parte da igreja nesta cidade.

VIVENDO UM EVANGELHO SIMPLES
Procuramos nos reunir apenas no nome do Senhor Jesus, onde Ele é o centro das reuniões e de todo o nosso viver. O Espírito Santo está falando ao coração de muitos e convencendo pessoas sobre viver a vida da igreja de uma maneira simples e pura, baseada em um caminhar na dependência do Espírito Santo e em relacionamentos de amor e serviço com outros irmãos.


O Senhor salvará sem métodos humanos e comuns

Spurgeon - Banco da Fé - 4 de setembro

"Mas da casa de Judá me compadecerei, e os salvarei pelo SENHOR seu Deus, pois não os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros." Oséias 1:7


Preciosa palavra! O próprio Jeová livrará Seu povo na grandeza de Sua misericórdia, porem não o fará pelos meios ordinários. Os homens são tardios para render à Deus a glória devida a Seu nome. Se vão à batalha com espada e arco, e ganham a vitória, deveriam louvar a seu Deus; no entanto, não fazem isso, mas começam a engrandecer a sua própria destra, e a gloriar-se em seus cavalos e sinetes. Por essa razão, nosso Jeová com frequência determina salvar Seu povo sem utilizar meios secundários, para que toda a honra seja só para Ele.

Fonte: http://www.spurgeon.com.mx/chequera.html

A Linguagem da Escravidão


Em Êxodo capítulo 5 pode-se observar claramente a diferença entre a linguagem da fé e o da escravidão. A linguagem da fé ali é a de Moisés; o da escravidão é a de Israel. Moisés entra na presença de Faraó com a sua mensagem da parte de Deus. O Senhor manda-lhe dizer: “Deixa ir o meu povo”. E Moisés lhe diz: “Iremos e ofereceremos sacrifícios a Jehová nosso Deus”. Deus reconhece neles o seu povo, e Moisés reconhece em Jehová o seu Deus. Tudo bem.
Mas, o que ocorre com Israel? Eles não conhecem essa linguagem, porque são escravos. Eles não estão conscientes ainda de quem são. Quando comparecem diante de Faraó, oprimidos pelo trabalho dobrado que lhes impôs, dizem-lhe: “Por que fazes assim com os seus servos? Não se dá palha aos seus servos, e, contudo nos dizem: Façam tijolos. E eis aqui os teus servos são açoitados e o teu povo é o culpado”.
As expressões em itálico demonstram que eles dirigiam a linguagem da escravidão, não o da fé, não o da dignidade de escolhidos de Deus. Eles se vêem a si mesmos como servos de Faraó, não de Deus. Obviamente, nessas condições, Deus não podia ser crido por eles.
Quando as coisas começam a se sair mal, eles se levantam contra Moisés, dizendo: “Nos haveis feito abomináveis diante de Faraó e dos seus servos, pondo-lhe a espada na mão para que nos matem”. Em vez de unir-se ao seu libertador, se lhe opõem.
A linguagem da escravidão ainda segue sendo ouvida nos lábios de muitos filhos de Deus. Os muitos anos sob o domínio do diabo e do pecado provocou um dano muito grande na maneira de pensar. Sendo assim, é mais fácil seguir usando a linguagem da incredulidade do que o da fé. Por isso a Palavra insiste em uma renovação do espírito da nossa mente (Ef. 4:23) e a uma mudança de linguagem. Para que isso seja possível temos que nos nutrir com as palavras da fé e da boa doutrina (1ª Tim. 4:6), e a palavra de Cristo tem que habitar em abundância em nós (Col. 3:16).
A dignidade que temos como filhos de Deus faz-se necessário que atuemos e falemos como tais.

Canaã como tipo de Cristo

Quando olhamos o livro do Josué para extrair alguns princípios espirituais a respeito de Canaã, o primeiro que encontramos é que a terra não foi conquistada, mas simplesmente tomada em possessão, como uma herança. Em nenhuma parte do livro do Josué se usa a palavra conquista; só se fala de tomar a herdade, de receber uma possessão. Israel nunca conquistou nada; tudo o recebeu em herança. Assim também é Cristo, que foi dado pelo Pai como nossa herança.za
Um segundo princípio é que Deus foi diante deles preparando o caminho, e o povo foi detrás, recolhendo o que Deus já tinha feito. O povo que Israel enfrentou era um povo atemorizado; eles estavam espantados e tremendo. Assim também, o Senhor Jesus derrotou a todos nossos inimigos, e nós vamos detrás dele, reclamando o que ele já ganhou.
Um terceiro princípio se resume no que significa Gilgal. Gilgal foi o centro de operações enquanto o povo avançou na tira de possessão. Gilgal nos fala do despojamento do velho homem. Só pode vencer um que foi quebrantado, um que foi debilitado quase até a morte.
Um quarto princípio poderíamos resumi-lo assim: só recebemos o que exploramos. O Senhor disse a Josué: "Eu lhes entreguei todo lugar que pisar a planta de seu pé". A chave é caminhar pela terra, para ir tomando possessão dela. Então vamos dizendo: "Isto é meu", "Isto também é meu". A Escritura é o 'mapa' que nos guia nesta 'exploração' de Cristo.
Um quinto princípio é o que alguém denominou como uma "atitude de disponibilidade". Alguém há dito que os maiores homens de Deus não são aqueles que fazem mais coisas, mas sim os maiores receptores. Deus quer nos dar completamente a Cristo, mas nem sempre estamos disponíveis. Estamos muito ocupados.
Deus não espera nossa contribuição, mas sim nossa disponibilidade. Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Nesta boa terra há tesouros que estão disponíveis para caçadores de tesouros espirituais, para aqueles que foram atraídos por Cristo para recostar-se sobre seu ombro; que estão disponíveis como aquela María que se sentou aos pés de Cristo.
Deus hoje nos convida, não para que tragamos nosso dinheiro e tentar comprar uma porção mais de Cristo, mas sim para que venhamos a ele, com nossas mãos voltadas para cima, para receber da abundância da graça e do dom da justiça. No princípio de nossa carreira, nós viemos à fé cansados, e o Senhor nos fez descansar. Mas talvez hoje você está cansado por ter tratado de cumprir a lei. Não te deste nem conta e te hás escorregado da fé para às obras.
Tem que haver uma mudança de perspectiva. Temos que vir com nossas mãos vazias. O que temos nelas –nossas obras, nossa justiça, nossos métodos– larguemo-las; jamais nos darão a vitória. Cristo é nossa herança preciosa... e gratuita!

Vasos, apenas vasos.


No princípio de nossa vida cristã estamos com todo o vigor, força e prontos para expor nossas capacidades próprias em qualquer trabalho na obra de Deus. Somos como crianças que imitam seus pais em suas profissões.
Este é um tempo primoroso, não para trabalhar, mas para conhecer nosso Pai e nosso Senhor Jesus Cristo. Como crianças ainda somos carnais (I Cor. 3.1), mesmo como meninos somos inconstantes (Ef. 4.14), e o Senhor não tem como nos considerar úteis em qualquer boa obra: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (II Tim. 3.16-17).
Conforme crescemos em sua graça e em seu conhecimento, aprendemos que tudo está em Cristo. Nele está a força, a sabedoria, o poder, a vitória e todas as coisas (Ap. 5.12). Cristo é tudo e em todos: "Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos" (Col. 3.11).
Como um boi novo que é colocado numa mesma canga com um boi velho (Mat. 11.28-30), vamos aprendendo dia a dia a render nossas forças em sujeição e a nos gloriar apenas nAquele em quem está todo o poder, força e sabedoria: "Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (II Cor. 11.30). "E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele" (I Cor. 1.28-29).
Na obra do Senhor somos vasos, apenas vasos. Podemos ser vasos de honra ou de desonra: "De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra" (II Tim. 2.21).
Antes de sermos purificados, somos vasos de desonra e não de honra em sua grande casa. Para sermos vasos de honra, útil para toda e qualquer boa obra, é necessário primeiro sermos purificados, limpos, santificados. É necessária uma operação da Sua Palavra e da cruz para mortificar tudo o que é nosso, de nossa carne, força e capacidade, tudo o que desonra ao Senhor.
Depois desse processo de purificação, aí sim nos tornamos vasos de honra. Continuamos vasos, vasos de barro; homens com toda a fraqueza, mas contendo e expondo um tesouro e um poder que não procede de nós, mas de Deus: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (II Cor. 4.7).
Antes de sermos purificados, buscamos a honra e a glória para o vaso, mas depois de purificados, a honra passa a pertencer a quem está no vaso e não o vaso. Se queremos ser vasos de honra é necessário primeiro sermos purificados de nossas vaidades, do que é vil, vão, para que não aparece a fragilidade do vaso, e sim o tesouro eterno que está em nós: Cristo. Somos vasos, apenas vasos em Sua Casa. De honra ou de desonra. Se é Cristo é de honra, caso contrário é de desonra.

A Fé, o Ouvir e a Palavra


No Novo Testamento, tudo o que Deus tem para o homem se recebe por fé. A fé é, portanto, a chave de toda a experiência cristã – e a antecede. Mas, como se obtém a fé?
Em um breve versículo de Romanos 10 está a singela resposta: "Assim que a fé é pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Deus"(v. 17). Aqui temos dois elementos que desencadeiam a fé – não um, mas sim dois: o ouvir, e a Palavra de Deus (ou "de Cristo").
Aqui nos diz que o ouvir é o que antecede imediatamente a fé. Que classe de "ouvir" é este? Não é o ouvir cotidiano, com que escutamos o que acontece ao nosso redor. Os ouvidos dos homens devem ser abertos para poder receber fé.
A Bíblia diz que certa vez o apóstolo Paulo estava em Filipos. Ali ocorreu algo singular: "No sábado... falávamos às mulheres que se haviam reunidas. Então uma mulher chamada Lídia... estava ouvindo; e o Senhor abriu o coração dela para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. E quando foi batizada..." (Atos 16:13-15a). Esta mulher, Lídia, recebeu a graça de poder ouvir da maneira que produz fé.
Falando com os Tessalonicenses, Paulo lhes recorda como eles receberam a Palavra pela primeira vez: "Pelo qual também nós sem cessar damos graças a Deus, de que quando receberam a palavra de Deus que ouviram de nós, receberam-na não como palavra de homens, mas sim conforme é na verdade, a palavra de Deus, a qual atua em vós os que crêem" (1ª Tess. 2:13). Aqui temos outra chave para a fé: A palavra de Paulo foi recebida como palavra de Deus, não como de homem. Isso permitiu que essa palavra atuasse neles. Sem dúvida, eles também receberam esta graça de ouvir.
Muitos podem ouvir uma pregação da Palavra de Deus, mas nem todos talvez recebam a graça de ouvir de maneira que seu coração se encha de fé. Este ouvir é provocado pela Palavra de Deus. Quando a Palavra vem, o ouvido desperta, e então se produz a fé no coração para crer que não é palavra de homem, mas sim de Deus. Quanto necessitamos da graça de Deus, para ter a atitude de Lídia, e a dos Tessalonicenses!
Os que alguma vez pregaram a Palavra de Deus sabem quão perceptíveis é esta operação de Deus no coração dos ouvintes. Pode-se perceber claramente quando alguém está recebendo esta graça de ouvir. Seu olhar, seu rosto, tudo revela esta bendita obra da graça de Deus.
Tudo provém de Deus. A fé, diz Paulo em outro lugar, é um dom de Deus (Ef. 2:8). De acordo a Atos 16:14, podemos dizer que ainda o ouvir é um dom de Deus, tal como a graça dada aos Tessalonicenses. Tudo começa e tudo encerra em Deus. Para que em tudo ele seja glorificado, e para que o que se gloria, glorie-se em Deus.

O desejo de ser o maior


Os discípulos, do mesmo modo que todos os homens tinham preocupação por este assunto de quem é o maior. Então o Senhor ensina-lhes através de um menino. E diz a eles que têm que tornar-se como um menino e humilhar-se como um menino. Além disso, ele mesmo se identifica com os meninos ao dizer: "E qualquer que recebe em meu nome a uma criança, a mim me recebe".
Em seguida, nos versículos seguintes deste capítulo de Mateus, o Senhor trata de quão importante são os pequeninos para Deus. No mundo, os pequeninos são menosprezados, não é assim no reino. Um dos maiores castigos irá receber quem fizer tropeçar aos pequeninos.
É interessante observar que este é o último ensino do Senhor antes de deixar a Galiléia. Com isto se fecha este ciclo, e o Senhor se encaminha agora para Jerusalém, para a cruz. No entanto, antes de fazê-lo, o Senhor ensina sobre a humildade.
Ele tinha escolhido uma cidade galiléia para dar os seus primeiros passos como homem (Nazaré), em seguida tinha escolhido outra cidade galiléia como centro do seu ministério (Cafarnaum); tudo é harmônico com a humildade daquele que desceu do seu trono de glória para fazer-se homem.
Mas a mensagem da humildade não começou em Mateus 18, ao terminar o seu ministério na Galiléia. Na realidade, esta mensagem ele pregou desde muito antes, com os seus atos, com a sua vida. Agora, ao finalizar, estão as suas palavras. Ele havia dito que um perfeito mestre é aquele que primeiro faz, e depois ensina (Mat. 5:19; 7:24). Por isso só agora, no final, encontram lugar as suas preciosas palavras.
Sim; não é a vontade de Deus que se perca um pequenino. Quando eles se desencaminham, terá que ir buscá-los, se eles nos maltratam devemos tentar ganhá-los. A pergunta dos discípulos se centrava em quem seria o maior; por outro lado, o Senhor os faz olhar para os pequeninos. Eles olham para cima, mas o Senhor os faz olhar para baixo. Não devem olhar para si mesmos, mas sim para os pequeninos. O que é que estes necessitam? Como lhes servir?
As respostas do Senhor não costumam ser diretas, mas são muito efetivas. Se olharmos atentamente, veremos que ele disse o adequado. Nosso problema é que nem sempre associamos bem o que foi perguntado, com as respostas do Senhor.
Os discípulos têm consciência de serem melhores, ou maiores? Há em seu coração desejo por estas coisas? Então desçam das suas alturas; cuidem de fazer-se como uma criança, de atender os pequeninos e de não ser tropeço a eles.
O capítulo 18 de Mateus está inteiramente dedicado a este assunto. Até a parábola dos dois devedores, com que finaliza. Os pequeninos devem ser atendidos, cuidados e ensinados, para que ninguém se ensoberbeça, para que ninguém se enfatue com pensamentos de grandeza. Para que ninguém queira ser o maior.

A Dimensão do Corpo

À medida que o mundo se torna mais, hostil que as forças do mal aumentam, que o amor esfria, que a fé decai, que os gigantes da fé diminuem, que os esforços individuais se tornam insuficientes, faz-se imperativo ver o corpo, funcionar como corpo, e dar a batalha como corpo – como o corpo de Cristo.
Provavelmente conhecemos o Senhor em um ambiente onde a fé era intensamente individual, onde se premiavam o esforço e a iniciativa própria; provavelmente andamos, por anos, na batalha, como cristãos independentes, ou, junto a outros que conformavam ao "nosso grupo", velando pelo interesse particular, nossa obra particular, e conhecendo nossos problemas particulares; entretanto, em algum momento, Deus nos conduziu por um caminho de fracasso no individual, para que entrássemos em uma dimensão antes não conhecida.
Deus nos introduziu, a uns talvez pouco a pouco, ou talvez de maneira mais forte, na comprovação de que só fracassamos; que somos insuficientes, que não podemos prevalecer por nossas forças, porque a vontade de Deus desde tempos remotos sempre foi o corpo – só que nunca o vimos assim. Por anos pensamos que nós –nosso pequeno "grupo"– era o foco do interesse de Deus, uma espécie de "ilha da fantasia", onde tudo era poético, e que fora de nós, de nosso ambiente tão especial, nada era possível, tudo estava em ruínas.
A princípio resistimos a essa idéia, porque não é fácil aceitar que somos um fracasso. Tivemos ainda arrestos de herói - os últimos suspiros de uma causa perdida. Aferramos aos princípios que, por anos, pareceram nos dar resultados; multiplicamos o esforço, a oração e o jejum. Inclusive procuramos desesperadamente ajuda. Entretanto, nada resultou.
Então, de repente, Deus nos levou a olhar para o lado. E o que vimos? Vimos outros –irmãos nossos– que estavam na mesma condição: Como feridos depois de uma batalha; como veteranos de guerra prematuramente despejados. Então começamos a nos contar nossas penúrias, a nos confessar nossos fracassos. E então juntos –graças a Deus–, começamos a recobrar forças, a olhar para o trono da graça de Deus. Tivemos a esperança de que juntávamos todos os fracassados, exausto pelo inimigo, podíamos talvez sobreviver.
Então a Palavra se tornou mais clara para nós, e vimos que a Bíblia é intensamente corporativa. Que as epístolas do Novo Testamento são 'eclesiológicas' e não personalistas. Que a vontade de Deus tem a ver com o corpo e não com o indivíduo. Que as mais consistentes promessas de Deus em tempos de luta, de perigo, e de escassez são para a igreja e não para o cristão particular.
Vimos a beleza da palavra "membro" no lugar de "indivíduo"; a beleza dos muitos membros atuando sincronizadamente sob a direção do Espírito, e não a humana sabedoria de um sistema finamente estruturado. Comprovamos a preciosidade da vontade de Deus "agradável e perfeita", que é viver a preciosa vida ressuscitada do Filho de Deus em forma coletiva, e que une o todo o precioso corpo de Cristo sobre a terra.

O sólido fundamento de Deus

Qual é a firme base sobre a qual Deus levanta a sua obra? Há três episódios no Novo Testamento, associados com o apóstolo Pedro, que respondem estas perguntas.
A confissão de Cesaréia. Em Cesaréia de Filipe, Jesus pergunta a seus discípulos quem dizem os homens que ele é. Eles lhe dizem que todos lhe associam com algum dos profetas. Então ele lhes pergunta o mesmo. Pedro diz: "Você é o Cristo, o Filho do Deus vivente". O Senhor replica: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não lhe revelou isso carne nem sangue, mas sim meu Pai que está nos céus" (Mt. 16:16-17). Jesus é o Ungido de Deus, em quem o Pai quis reunir todas as coisas. Também é o Filho Unigênito de Deus. E a única maneira como pode ser conhecido é por revelação do Pai.
O fundamento de toda a obra de Deus não é um conhecimento bíblico de Cristo, mas sim a revelação interior, que é o ponto de partida de uma relação vital com o Senhor. Esta revelação é absolutamente pessoal. João diz que o evangelho foi escrito "para que creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenham vida em seu nome" (João 20:31). Esta é a razão de ser de toda a Escritura: que os homens creiam corretamente, para que crendo, tenham vida em seu nome.
A interrupção no monte. O Senhor leva a Pedro, João e Tiago ao monte, e ali se transfigura diante deles. E aparecem junto a ele Moisés e Elias. Então Pedro propõe fazer três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias. Nesse momento, uma voz da nuvem diz: "Este é meu Filho amado, em quem tenho prazer, a ele ouvi" (Mt. 17:5). O Pai intervém do céu para fazer calar a Pedro, e pôr as coisas em seu lugar. Moisés (a lei) e Elias (os profetas) vieram até João (Lc. 16:16), mas desde então, só uma voz deve ouvir-se, a voz do Filho de Deus.
Crer que Jesus é um profeta, não é suficiente; é preciso crer o que ele é em sua preciosa pessoa: o Cristo de Deus, e o Filho de Deus. Estas coisas foram ocultadas aos sábios e aos entendidos e reveladas aos pequeninos (Mt. 11:25).
O testemunho diante do concílio. Logo depois da cura do coxo no portico A Formosa, Pedro é levado diante do concílio. Ali ele dá testemunho dizendo: "Jesus Cristo de Nazaré .. a quem Deus ressuscitou dos mortos ... Este Jesus é a pedra reprovada por vós os edificadores, a qual veio a ser cabeça da esquina" (Atos. 4:10-11).
Pedro testifica da ressurreição de Cristo. Como poderia ser Jesus o fundamento da obra de Deus se tivesse sido vencido pela morte? Em seguida, ele dá testemunho a respeito de Jesus como a pedra de esquina, reprovada pelos edificadores. Os homens lhe resitiram, mas Deus o tem aprovado! A rocha não é Pedro, mas sim Cristo. E não é só Cristo exaltado à mão direita do Pai, mas sim Cristo dado a conhecer pelo Pai na terra. A obra de Deus só tem uma base sólida em Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivente.

Sacerdócio e vida

O que é um sacerdote? Ele não é um oficial ou um membro de uma casta religiosa, mas um homem que resiste à morte e ministra vida. O objetivo único e mais abrangente de todos os tempos –o grande propósito de Deus de eternidade a eternidade– pode ser descrito na linguagem do Novo Testamento como vida eterna. Assim que o pecado entrou no mundo surgiu a morte e, então, os homens precisaram de um altar e do derramar de sangue a fim de que o pecado pudesse ser coberto pela justiça e a morte ser vencida pela vida divina.

Juntamente com o altar surgiu ali a atividade pessoal de um homem chamado de sacerdote, e assim, com o passar do tempo, tal serviço cresceu e cresceu até se transformar em um elaborado ministério sacerdotal. Como um poder ativo, a morte somente podia ser detida, anulada e removida ao ter devidamente confrontada sua base no pecado. Daí a necessidade do ministério sacerdotal de justiça, a justiça perfeita da vida incorruptível expressa pelo sangue da oferta. Israel devia ser uma nação de sacerdotes, um povo baseado e fundamentado na própria justiça de Deus e, por isso, capaz de encarar a morte e derrotá-la.

A Igreja foi chamada para exercer este ministério. O próprio Senhor Jesus previu isto ao dizer: «Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos» (Mt 21:43). Mais tarde Pedro explicou que os pecadores redimidos se tornaram participantes da vocação espiritual, sendo a «nação escolhida», o «sacerdócio real», devendo assumir a grande vocação de serem, da parte de Deus, ministros da vida na terra.

Assim nós descobrimos que, como membros do Corpo de Cristo, nós temos um relacionamento com Ele, o grande Sumo Sacerdote, que é análogo àquele entre Arão e seus filhos, que participavam de seu trabalho sacerdotal. Na carta aos hebreus, a qual trata deste assunto, nós temos uma espécie de Levítico neotestamentário. Nesta epístola, os crentes são denominados tanto de filhos como de «santos irmãos», como se Cristo nos considerasse Seus filhos – «Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu» (Hb. 2:13).

Por meio de nós, portanto, como membros de Cristo, o grande trabalho sumo sacerdotal no céu deve encontrar expressão aqui na terra. Se nós perguntarmos qual é o significado do contínuo trabalho do Senhor como Sumo Sacerdote, a resposta é: trazer vida sobre a morte, anular a operação e reinado da morte espiritual.

O maior conflito da Igreja é com a morte espiritual. Quanto mais espiritual um homem se torna, mais consciente ele está da horrível realidade desta batalha contra o maligno poder da morte. Nenhum sacerdote ou levita do Antigo Testamento jamais tentou se tornar lírico sobre este assunto ou falar em linguagem poética como se a morte fosse algum tipo de amigo. Ah não, eles sabiam ser a morte a grande inimiga de Deus e de todos os Seus interesses.

Quando as Escrituras falam da morte como o último inimigo, isto não somente significa que é a última na lista, mas que é o inimigo derradeiro, a expressão completa de toda inimizade. O efeito do sacerdócio é ilustrado repetidas vezes na Palavra de Deus. Nós observamos a morte adentrando por causa do pecado e, então, Deus intervindo com Sua resposta de vida por meio do sacrifício de sangue. O sangue fala de uma justiça aceita e, por meio disto, o sacerdote estava habilitado a enfrentar a morte, vencê-la e ministrar vida.

Finalmente ouvimos falar do Senhor Jesus, que encontrou a morte na concentração de toda sua inimizade, derrotou-a por meio do perfeito sacrifício de sangue da Sua própria vida e, então, deu início à Sua obra sacerdotal de ministrar vida aos crentes.

O sacerdote é um homem que tem autoridade, embora esta seja espiritual e não eclesiástica. Ele tem poder com Deus. O apóstolo João fala do caso de alguém que cometeu um pecado que não leva à morte, e ele diz: «pedirá, e Deus lhe dará vida...» (1Jo. 5:16). Esta referência revela que um crente que permanece na base da justiça pela fé por meio do sangue de Jesus pode exercer o poder do sacerdócio em benefício de um irmão que errou e, assim, ministrar vida a ele.

Certamente não há ministério mais necessário na terra hoje do que este ministério tão vitalizante. Se nós ministrarmos verdades que não emanam vida, estamos desperdiçando nosso tempo. Deus não nos comissionou para sermos meros transmissores de informação sobre coisas divinas ou professores de moralidade. Ele nos libertou de nossos pecados para que pudéssemos ministrar vida a outros em virtude da autoridade sacerdotal.

Vivemos em um mundo onde a morte reina. Diariamente multidões são arrastadas por uma maré de morte espiritual. Por quê? Por causa da injustiça. Precisa-se da atividade daqueles que aceitarão suas responsabilidades sacerdotais, tanto pedindo vida para outros quanto oferecendo vida a eles por meio do evangelho. Nós devemos ministrar Cristo. Não meras doutrinas sobre Ele; não meras palavras ou mandamentos, mas o impacto vital de Cristo em termos de vida. Assim, todo crente é chamado para se posicionar entre os mortos e os vivos dando a resposta de Cristo para as atividades de Satanás.

Não é de se admirar que o reino de Satanás esteve em guerra com Israel, pois a presença desta nação em um relacionamento correto com Deus proclamava efetivamente que o pecado e a morte não reinam universalmente no mundo de Deus, mas foram enfrentados e superados pelo poder de uma vida justa e incorruptível. No fim, Israel perdeu este testemunho e, por conseqüência, o ministério sacerdotal.

Então surgiu a Igreja, para dar continuidade a este ministério, sendo não mais um povo localizado em uma terra, mas uma comunidade espiritual espalhada por toda a terra, um povo cuja vocação suprema é manter a vitória de Deus sobre a morte, conforme o testemunho de Jesus. E qual é o testemunho de Jesus? É o testemunho do triunfo da vida sobre a morte. Ele mesmo assim o descreveu a João: «[Eu sou] aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno» (Ap. 1:18). Este testemunho foi depositado na Igreja e imediatamente os discípulos o apresentaram poderosamente entre as nações.

Infelizmente, sob vários aspectos, a Igreja agora está falhando em sua vocação sacerdotal. Esse elemento vital da vida vitoriosa parece estar faltando. As cartas no início do livro de Apocalipse mostram que Cristo não estava satisfeito com as muitas boas atividades, trabalhos zelosos, ensinamentos corretos e persistência na ortodoxia das igrejas. Ele tentou chamá-las de volta à sua verdadeira tarefa de demonstrar o poder de Sua vida vitoriosa em face de qualquer desafio.

Que ministério nós queremos? Correr de um lado para o outro assistindo conferências, dando palestras, apoiando o trabalho cristão? Tudo isso pode fazer parte, mas é de pequeno valor se não se encaixar no contexto da batalha sacerdotal contra a morte: trazer o impacto poderoso da vida vitoriosa de Cristo para enfrentar o desafio da morte.

O livro de Apocalipse deixa claro que tal testemunho provoca a animosidade de Satanás, mas tal inimizade deveria ser um elogio para nós, pois significa que nossa vida está realmente fazendo diferença para Deus. O dia em que você ou eu não mais estivermos envolvidos na batalha espiritual será um dia ruim, pois significará que perdemos nossa verdadeira vocação e não estamos mais provendo um desafio real para a morte espiritual, mas estamos fracassando no que tange ao ministério sacerdotal. Por outro lado, o antagonismo doloroso das forças do mal pode ser uma prova clara de que nós estamos verdadeiramente servindo como sacerdotes.

Examinemos todas as coisas pela vida, a vida que é vitoriosa sobre o pecado, a vida que liberta das cadeias, especialmente da cadeia do medo, a vida que se expressa por meio do amor por pecadores necessitados. João não apenas nos encoraja a orar por vida, mas nos assegura que Deus a dará em resposta a tal oração: «e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte». Nós não devemos fracassar em nosso ministério sacerdotal!

T. Austin-Sparks

Fonte: Revista Águas Vivas - Ano 7 · Nº 41

O sacerdócio dos crentes é uma reação da vida divina contra a morte espiritual.

Não há vida na gaiola!

Na semana que passou aconteceu algo que me fez refletir sobre algumas coisas. Eu estava para sair de casa e no momento em que eu abria o portão da garagem percebi meu vizinho, que mora em frente, andando pela rua olhando para o céu. Ele estava um tanto apreensivo e quando me viu logo me contou que ao tratar do seu passarinho havia esquecido a portinha da gaiola aberta e ele havia fugido. Ele estava realmente triste com o acontecido e esperançoso continuou sua busca pelos arredores. Eu porém, de alguma forma, senti uma certa alegria ao saber que aquele passarinho finalmente havia encontrado a liberdade.

Hoje pela manhã pude ouvir o lindo cantarolar, costumeiro, de passarinhos próximos a janela do meu quarto, então me lembrei do passarinho do meu vizinho e fiquei a me perguntar - será que ele vai sobreviver? Afinal ele jamais havia estado no seu habitat natural, o que implica em ter que sobreviver por conta própria e nesta tarefa o mais complicado será encontrar o próprio alimento que outrora estava sempre ali diante dele sem ter que fazer o mínimo esforço.

Esta situação me fez refletir sobre algo importante dentro do contexto do cristianismo moderno. Hoje nos deparamos com milhares de cristãos que são exatamente como passarinhos engaiolados. Eles estão presos em rituais e regras, pois aprenderam que a vida deles é estar dentro dos seus templos religiosos. Por serem induzidos a aceitarem que o cristianismo é assim mesmo eles cantam nos dias em que recebem o alimento do seu tratador conhecido como pastor e é claro eles são obrigados a comer o que é colocado diante deles sem questionamentos. Talvez uma diferença entre estes e os pássaros de gaiola, seja o fato de que eles não moram no templo e talvez isso só não aconteça porque a despesa seria muito alta não sobrando dinheiro, por exemplo, para o pastor trocar de carro todo ano. Resumindo, estes cristãos modernos (acorrentados)vivem seu cristianismo num tipo de regime semiaberto, ou seja, podem dar uma voltinha de vez em quando pelo mundo desde de que cumpram a obrigação de frequentar os cultos e programações impostas por seus tratadores ou por seus "donos", como preferir.( pelo menos é assim que a maioria destes pastores se veem e se expressam. Normalmente dizem: "na minha igreja" eu faço assim, eu faço assado... Ops! A igreja não é de Jesus? Claro! Mas obviamente "igreja" para eles se trata de outra coisa, talvez um tipo de clube, com carteirinha de membros e mensalidades.)  Desta forma, sim, se acham donos do rebanho.

Mas enfim, voltando a minha história, fica uma pergunta: um pássaro que vive engaiolado, que nunca soube realmente o que é voar e ser livre, quando ele escapa da gaiola e experimenta esta liberdade quanto tempo ele poderá sobreviver por conta própria? Se ele nunca aprendeu a buscar o seu próprio alimento? De fato, o pássaro nascido e criado na gaiola raramente foge quando vê a porta da gaiola aberta; se foge, morre na natureza, pois não aprendeu a sobreviver nela. É por isso que ecologistas e biólogos quando vão devolver a natureza alguma animal que nasceu em cativeiro, antes eles o treinam para que aprendam a sobreviver em liberdade. Da mesma forma é assim com a maioria dos cristãos modernos, eles nasceram em cativeiro(em denominações). Juntamente com Cristo conheceram todo tipo de amarras e correntes religiosas, impostas por um sistema de homens, que são totalmente distantes dos ensinamentos bíblicos bem como do próprio Cristo. Na verdade, embora alguns não percebam e ainda outros façam vistas grossas, eles vivem com medo debaixo das ameaças de suas lideranças que sutilmente afirmam que se eles saírem de suas gaiolas vão morrer lá fora e assim, sob pena de maldição, nem sequer devem pensar em visitar outras gaiolas que possam existir na cidade.

De certa forma ou em partes, eles tem razão, afinal de contas o alimento que oferecem é demasiadamente superficial(Tentando fazer de Deus um mordomo que é obrigado a atender todos os seus débeis pedidos carnais. Benção e Prosperidade são os ingredientes fundamentais nesta dieta.) o que sugere que estas pessoas talvez não consigam ser cristãs se escolherem a liberdade.

Bom eu me deparo todos os dias com esta realidade. Sempre que converso com pessoas que ainda vivem engaioladas quão lamentável é perceber o nível tão raso da entrega de suas vidas a Cristo. Podem estar há 30 anos na mesma gaiola, mas de longe identificamos que avançaram muito pouco nos ensinamentos de Jesus, pois quase tudo o que fazem, o fazem por obrigação e é exatamente por isso que se antes de serem apresentados a liberdade não forem treinados, ou melhor não se entregarem verdadeiramente a Cristo, para sobreviverem fora da gaiola, então é certo que morrerão. Todo o ensinamento de Jesus converge em aprendermos a depender de Deus. Se de fato nascermos em Cristo, se buscarmos conformar nossas vidas aos seus ensinos, então Deus nos sustentará e nos dará o crescimento necessário. Jesus será nosso pão, Deus nossa fonte e o Seu Espírito Santo a nossa força. 
Todo aquele que nasce(em Cristo) fora de uma gaiola não enfrenta o dilema dos pássaros engaiolados, pois a liberdade faz parte da sua vida desde seu novo nascimento, e esta liberdade é o alimento da sua conduta que jamais o coloca em dúvida. O pássaro na gaiola até já ouviu falar sobre essa liberdade, as vezes o marketing de uma falsa liberdade acabou sendo o próprio laço que o prendeu, mas até que tome um atitude tudo o que poderá fazer, de onde está, será flertar com ela. 
De fato não há vida na gaiola!
"Como uma ave livra-te da mão do passarinheiro" Provérbios 6:5

"Entre o meu povo se acham ímpios que estão a espreita, como passarinheiros e como os que colocam armadilhas para apanharem homens. Como uma gaiola cheia de pássaros, são as suas casas cheias de engano; engrandeceram-se e enriqueceram, tornaram-se gordos e nédios. Os seus feitos malignos não tem limites; não julgam a causa dos órfãos, para que prosperem, nem defendem o direito dos necessitados. Não castigaria eu estas coisas? diz o Senhor. Não se vingaria a minha alma de uma nação como esta? Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles, e o meu povo assim deseja. Mas o que fareis quando chegar o fim?" Jeremias 5:26-31

"A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do Senhor, criador do céu e da terra." Salmos 124:7

"Cristo nos libertou para sermos de fato livres"! Gálatas 5:1

Se você se identificou com um  pássaro engaiolado, saiba que Jesus é a Porta e ela está aberta, voe por Ele e para Ele! 
Fonte: http://dascasasparaomundo.blogspot.com.br

Louvar a Homens

Carta escrita no século XIX por John Nelson Darby ao Editor de um de seus livros

“Meu caro amigo e irmão em Jesus Cristo,

Deu-me muita satisfação ver sua tradução de meu livro. Tive o grato prazer de lê-la, ou melhor dizendo, de ter alguém que a lesse para mim, naqueles momentos dos quais o Senhor nos diz, como disse aos apóstolos, "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco" (Mc. 6:31). Mas não posso deixar de dizer-lhe, meu caro amigo, que o prazer que a aparência do seu trabalho me trouxe foi, em certa medida, abatido pela opinião demasiado favorável que você expressou a meu respeito no prefácio. Antes que tivesse lido uma palavra sequer de sua tradução, presenteei a um mui querido e sincero amigo com um exemplar, e ele mencionou o que você escreveu em seu prefácio louvando minha piedade. O texto produziu em meu amigo o mesmo efeito que viria a produzir em mim, mais tarde, quando o pude ler. Espero, entretanto, que você não leve a mal o que vou dizer a respeito do assunto, o que é fruto de uma experiência razoavelmente longa.

"O orgulho é o maior de todos os males que nos afligem, e de todos os nossos inimigos, não apenas é o mais difícil de morrer, como também o que tem a morte mais lenta; mesmo os filhos deste mundo são capazes de discernir isto. Madame De Stael disse, em seu leito de morte, sabe qual é a última coisa que morre em uma pessoa? É o seu amor-próprio." Deus abomina o orgulho mais do que qualquer coisa, pois o orgulho dá ao homem o lugar que pertence a Deus que está acima de tudo.

O orgulho interrompe a comunhão com Deus, e atrai Sua repreensão pois "Deus resiste aos soberbos" (I Pd. 5:5). Ele irá destruir o nome do soberbo, pois nos é dito que "a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is. 2:17). Como você mesmo irá sentir, meu caro amigo, estou certo de que não há maior mal que uma pessoa possa fazer a outra do que louvá-la e alimentar seu orgulho. "O homem que lisonjeia a seu próximo, arma uma rede aos seus passos" (Pv. 29:5) e "a boca lisonjeira obra a ruína" (Pv.26:28). Você pode estar certo, além do mais, que nossa vista é muito curta para sermos capazes de julgar o grau de piedade de nosso irmão;não somos capazes de julgar corretamente sem a balança do santuário, e ela está nas mãos daquEle que sonda o coração. Não julgue nada antes do tempo, até que o Senhor venha, e torne manifesto os conselhos do coração, e renda a cada um o devido louvor. Até então, não julguemos nossos irmãos, seja para bem seja para mal, senão com a moderação que convém, e lembremo-nos que o melhor e mais certo juízo é aquele que temos de nós mesmos quando consideramos aos outros melhores do que nós.

"Se eu fosse lhe perguntar como sabe que eu sou "um dos mais avançados na carreira cristã, e um eminente servo de Deus", sem dúvida você iria ficar sem saber o que responder. Talvez você viesse a mencionar minhas obras publicadas; mas será que você não sabe, querido amigo e irmão -- você que pode pregar um sermão edificante tanto quanto eu -- que os olhos vêem mais do que os pés alcançam? E que, infelizmente, nem sempre somos o que são os nossos sermões? "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (II Co. 4:7). Não lhe direi a opinião que tenho de mim mesmo, pois se o fizer, é provável que enquanto o faça procure minha própria glória, e, enquanto estiver buscando minha própria glória, possa parecer humilde, o que não sou. Prefiro dizer-lhe o que o nosso Mestre pensa de mim -- Ele que sonda o coração e fala a verdade, que é "o Amém e a fiel Testemunha", e que tem falado frequentemente no mais íntimo do meu ser, pelo que agradeço a Ele. Creia-me, Ele nunca me disse que sou um "eminente Cristão e avançado nos caminhos da piedade."

Ao contrário, Ele me diz bem claramente que se eu procurasse o meu próprio lugar, iria encontrá-lo como sendo o do maior dos pecadores, pelo menos dentre os que são santificados.

E devo dar mais crédito ao julgamento que Ele faz de mim, meu caro amigo, do que aquilo que você pensa a meu respeito.

“O mais eminente Cristão é um daqueles de quem nunca se ouviu falar, algum pobre trabalhador ou servo, para quem Cristo é tudo, e que faz tudo para ser visto por Ele, e somente por Ele”. O primeiro deve ser o último. Fiquemos convencidos, meu caro amigo, de louvar somente o Senhor. Só Ele é digno de ser louvado, reverenciado, e adorado. A Sua bondade nunca é demasiadamente celebrada. O cântico dos abençoados (Apocalipse 5) não louva a ninguém senão Àquele que os redimiu com o Seu sangue. Não há no cântico uma única palavra de louvor a qualquer dos redimidos -- nenhuma palavra que diga que são eminentes, ou que não são eminentes -- todas as distinções estão perdidas no título comum, "os redimidos", que expressa a alegria e glória de todo o Corpo.

Empenhemo-nos em trazer nossos corações em uníssono com aquele cântico, ao qual todos esperamos que nossas débeis vozes venham se unir. Esta será a razão da nossa alegria, mesmo enquanto estivermos aqui, e contribuirá para a glória de Deus, a qual é lesada pelo louvor que os Cristãos frequentemente prestam uns aos outros. Não podemos ter duas bocas -- uma para louvar a Deus e outra para louvar o homem. Possamos, então, conhecer o que os serafins fazem (Isaías 6:2,3), quando com duas asas cobrem suas faces, como um sinal de sua confusão diante da sagrada presença do Senhor; com outras duas asas cobrem seus pés, como se tentassem esconder de si mesmos os seus próprios passos; e com as duas asas restantes voam para executar a vontade do Senhor, enquanto proclamam, "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos: toda a terra está cheia da Sua glória".

"Perdoe-me por estas poucas linhas de exortação Cristã, as quais, tenho certeza, irão, cedo ou tarde, se tornar úteis para você, passando a fazer parte da sua própria experiência. Lembre-se de mim em suas orações, enquanto rogo para que a bênção do Senhor possa pousar sobre você e seu trabalho. Se você porventura vier a imprimir uma outra edição -- como espero que aconteça -- por gentileza, exclua as duas frases para as quais chamei sua atenção; e me chame simplesmente "um irmão e ministro no Senhor." Isto já é honra bastante, e não é preciso mais."

Autor: J. N. Darby

Cristo, Nossa Vida


“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar...” (Cl 3:4)

Um dos objetivos principais do Espírito Santo é conseguir que os crentes realmente sejam identificados com Cristo como o Senhor ressurreto e exaltado, tornar a Sua vida algo real na experiência deles. À medida em que esta era caminha para sua consumação – a manifestação de Cristo – dois fatores se tornam cada vez mais evidentes. De um lado coisas, homens, movimentos, instituições, organizações, etc., predominarão e atrairão multidões após si e as prenderão. De outro lado, com crescente desapontamento e desilusão nessas coisas, uma minoria se voltará para o próprio Senhor, para descobri-lO como Sua vida toda suficiente.

Há três características inerentes a tudo isso. Uma é o desenvolvimento inconfundível do principio do Anticristo; aquilo que definitivamente tomará o lugar de Cristo, ou tentará fazê-lo. A segunda opção por Cristo em um cristianismo feito por homens, uma vida de imitação gerada e conduzida pelo seu próprio impulso. A terceira, uma procura profunda e genuína de realidade, verdade, e conhecimento interior do próprio Senhor. No primeiro caso será a adoração declarada do homem ao poder humano: um excesso tremendo de humanismo; o prodígio e a glória do homem. O terceiro será completamente Cristo como vida.

Se o cristão estiver preso a alguma tradição, uma instituição, um movimento ou uma pessoa, o final certamente será de limitação da vida e terminará em confusão, desapontamento ou talvez pior. O Novo Testamento deixa inconfundivelmente claro e enfático que o destino de tudo será “Cristo tudo em todos”. Precisamos aprender que a verdadeira obra do Espírito de Deus é unir todas as coisas ao próprio Cristo. Ele, Cristo, tem que ser a vida de nosso espírito, o “homem interior”, para que sejamos forte no Senhor; não em nós mesmos, nem em outros, nem em coisas. Teremos que sobreviver à adversidade por Sua força em nosso interior somente.

Cristo tem que ser a vida de nossas mentes. A perplexidade achar-nos-á sem o poder para explicar e entender, mas o Espírito no ensinará e guiará.

Cristo precisa ser vida para nossos corpos. Existe algo como vida divina para nosso corpo físico. Nem sempre o Senhor decide curar o corpo, mas Ele sempre deseja ser a vida do corpo, mesmo no sofrimento, para cumprir Seu propósito.

É o próprio Senhor, e para que seja, é necessário estar sempre contra a história da nossa natural incapacidade. Do início ao fim, o poder da Sua ressurreição é a lei da união com Cristo. Dias de terrível pressão estão sobre o povo do Senhor. O Seu inimigo tira bem pouca folga. A única suficiência está no próprio Senhor como nossa vida.

Barnabé exortou aos crentes, no princípio, para que “com firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (At 11:23). Existe aí uma declaração que produzirá forte impressão sobre nós até o tempo “quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar”.

Autor: T. Austin-Sparks
Extraído da revista, À Maturidade, número 28 – Outono de 1996

Os Limites da Autoridade e Submissão


Um aspecto muito positivo dos crentes da igreja em Éfeso é que eles puseram a prova os que se declaravam apóstolos e não eram (AP 2:1-3), e não foram considerados "rebeldes" por causa disto!. Nada prova mais uma apóstolo como quando seus ensinamentos são contestados (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja. 2003). Deveria ser algo perfeitamente normal ter comunhão sobre pontos divergentes com a interpretação de outros irmãos. Contudo, em alguns grupos cristãos a atitude de apenas falar sobre certos pontos das escrituras são inexoravelmente interpretados como insubordinação ou incitação a organizar alguma rebelião. Parece até proposital por existir alguma coisa frágil, secreta e misteriosa que precisa ser preservado no grupo.

É preocupante quando um líder prega ou difundi a inquestionabilidade de seu ministério ou ensinamentos, como se o ato de questionar fosse já uma afronta de alguém que quer provocar algum motim. Só mesmo em uma boa organização é que precisa-se usar a autoridade oficial para poder manter o status quo (a ordem), Somente em uma organização é que a autoridade é exercida por causa do ofício que detém, se o detentor do ofício mantiver a sua posição pode exercer autoridade se renunciar o ofício perde-a (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja. p.163). E não são poucas as vezes em que vários líderes recorrem a verbalizar que são a autoridade representativa de Deus na terra, e assim oficializam sua autoridade. Permitindo assim que o grupo incorpore a característica sectária. Tanto na história secular como na história da igreja estadistas e líderes religiosos impuseram a inquestionabilidade de sua gestão como estratégia subjugadora e alienante de facilitar a dominação das massas (é de se desconfiar na idoneidade de qualquer líder que pregue a inquestionabilidade de sua gestão, ministério ou ensinamento). Foi assim que a igreja se degradou!. Pensar que esta sutileza do inimigo de Deus não pudesse ser implementada em nossos dias é pura ingenuidade.

Muitos por indagarem certas questões bastante obscuras ensinadas e praticadas em certos grupos cristãos são logo vistos como rebeldes. Quando isto acontece trata-se logo de adverti-lo(s) com uma palavra sobre Autoridade e Submissão para que o “problema” seja logo resolvido!, como se o ato de contestar viesse de um coração sem temor de Deus, e por conseguinte mal intecionado. Em alguns casos para obter unanimidade usa-se deste recurso para que os irmãos ou igreja respondam de maneira uniforme. Se existem aqueles que são supostamente rebeldes é porque existe quem vindique alguma autoridade para si. E como não há autoridade que não tenha sido estabelecida por Deus não importa como foi estabelecida (RM 13:1), torna-se legítima. E de fato neste sentido é semelhante a qualquer grupo religioso, instituição ou estado, já que a submissão também estabelece a autoridade, aí está efetivado a relação de dominação!. Mas Deus não nos obriga a permanecer debaixo do julgo de qualquer autoridade, pelo contrário Ele nos dá liberdade no Espírito! seja para mudar de país ou nacionalidade(e assim passar para os cuidados de uma outra autoridade). E também o próprio Senhor quem dá liberdade no Espírito para muitos irmãos saírem da/do denominação/grupo que se encontra na situação de autoritarismo citado neste artigo. Ele mesmo nos dá liberdade para sairmos de um movimento ou situação de degradação (Ap18:4).

Vivemos nesta era como na época dos Juízes em que o juiz realizava seu comissionamento específico designado por Deus e concomitantemente corria também o risco da tentação de ser rei. É Muita inocência pensar que as líderanças cristãs não sofrem esta tentação, após cumprir o seu papel bem específico no bom início de suas obras. Embora sejamos submissos a várias autoridades das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal (Art. 18 da Constituição Federal de 1988.), mesmo a elas não devemos obediência "irrestrita", principalmente quando vão de encontro à autoridade do próprio Deus. Para exemplificar que não precisamos ser obedientes em tudo a uma autoridade, basta atentar para os Reis da Antiguidade como o Faraó da época de Moisés. Imagine se o povo de Israel ficasse no Egito para obedecer à autoridade designada por Deus naquela ocasião, Faraó (Ex 5; RM 13:1-5), deveriam eles obedecer esta autoridade e ir de encontro à autoridade do próprio Deus(Ex 3: 6-10)?. Por isso, a autoridade de Faraó vai até o momento em que Israel precisa sair do Egito por ordenação divina, daí em diante é outra história!.
É na verdade uma completa falta de discernimento confundir a Autoridade ilimitada de Deus no que tange ao limite de abrangência com a limitada autoridade representativa de TODOS os que possuem tal comissionamento. Fora da esfera de atuação de uma autoridade representativa, o máximo que podemos fazer é respeitá-la, mas não somos obrigados a lhe sermos submissos. Ser um cristão que respeita RM 13:1-6 não significa cair na estultice de obediência cega e irrestrita de qualquer autoridade terrena. Mesmo enquanto observantes da aplicabilidade da analogia de Noé e seus filhos (GN 9:20-27), Deus não exige de nós submissão irrestrita a autoridades legitimamente legais (O Governo).

Na Igreja do Senhor “os fins não justificam os meios”, por isso, não se deve sacrificar a Verdade ou as Práticas Bíblicas Cristãs Saudáveis em detrimento de alguma obra seja ela qual for!. A esfera de atuação de uma autoridade representativa de Deus não pode em hipótese alguma precisar omitir a Verdade ou passar por cima dela no intuito de legitimar sua autoridade. Pois seu limite chega até ao ponto em que a Verdade, que é o próprio Cristo, não precisa ser sacrificado em prol da vindicação de uma autoridade ilimitada que Deus possui, e não foi concedida a autoridade representativa. Por exemplo: Se um líder Cristão comete um crime grave como matar, e os membros têm conhecimento, a autoridade do líder não se estende a ordenar o silêncio dos membros, pois na esfera do direito penal ocultar informações desta natureza também é um crime. E assim os membros estariam indo de encontro à autoridade governamental competente delegada por Deus que legisla sobre a esfera penal. Se ele tentasse silenciar os membros usando sua autoridade limitada, dada por Deus, e a pessoa morta estava sendo penalizada por ele por alguma infração cometida. O líder cristão estariam indo de encontro a duas esferas(humana e divina),já que não possui competência para agir, porque Julgou e Condenou alguém, e impediu que outros tenham a liberdade e dever cívico de denuciá-lo. Por isso, a esfera de atuação do líder cristão está limitada por uma competência estatal designada por Deus.

Referência Bibliográfica:

1- A Bíblia
2- Lee, Witness. Unanimidade para o Mover do Senhor. SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.151.
3- Nee, Watchman. Espírito de sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003
4- Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991.
5- Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.238.
6- Nee, Watchman. A obra de Deus. CCC Edições.
7- Lee, Witness. Estudo-vida de Segunda Timóteo.SP: Ed. Árvore da Vida. 1ºed. 2005.
8- Nee, Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 7º ed. 1994. p.187
9- Lee, Witness. A Economia Divina. SP: Ed Árvore da Vida. p.148.
10- Lee, Witness. A Economia de Deus. SP: Ed Árvore da Vida. p.278.
11- The Uniqueness of the Lord’s Recovery, publishing by The Ministry Magazin, do Living Stream Ministry. Mensagens do Treinamento de Presbíteros ocorrido em Heckfield Place, United Kingdom, em Outubro de 2003. tradução livre.
12- Lee, Witness. A expressão Prática da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.213.
13- Nee, Watchman. A Igreja Gloriosa. SP: Ed Árvore da Vida. p.168.
14- Nee, Watchman. A Ortodoxia da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.110.
15- Lee, Witness. A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.85.
16- Lee, Witness. O que você precisa saber sobre a igreja. SP: Ed Árvore da Vida.
17- Nee, Watchman. Autoridade e Submissão. SP: Ed Árvore da Vida. p.134.
18- Nee, Watchman. Como Exercer a Autoridade de Deus. SP: Ed Árvore da Vida. p.134.
19- Lee, Witness. Pontos Básicos Sobre o Entremesclar. SP: Ed Árvore da Vida. p.57.

Fonte: restauracaodaigreja.blogspot.com

O QUE SIGNIFICA "MINISTERIALISMO"?

A palavra Ministerialismo em termos de dicionário significa "sistema dos que apoiam incondicionalmente um ministério ou governo", e o conceito é aplicável ao que vários ministérios e lideranças cristãs tem promovido entre as igrejas debaixo de suas orientações.

Um dos graves problemas em qualquer obra Cristã é a mistura que pode haver entre a Obra e a igreja local (este termo refere-se à natureza local da igreja na cidade). A esfera de atuação da obra no aspecto de O Ministério (ou ministério extra-local) não deve interferir na administração da igreja local. A obra local/na cidade, em termos de administração pertence aos irmãos locais (os que servem a igreja), como presbíteros e diáconos: “Aqui, em duas frases breves, temos um princípio importante, a saber, que a obra apostólica e as igrejas locais são distintas. Uma igreja já fora estabelecida em Roma; portanto os membros tinham pelo menos um lugar para se reunir, mas não exigiram que Paulo assumisse o controle da igreja local, nem tornaram o local de reuniões deles o centro da obra de Paulo. Paulo tinha a própria obra na casa, que alugara, à parte da igreja e à parte do local de reuniões deles, e não assumiu a responsabilidade dos assuntos da igreja local”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.143).

Toda a vez que alguém serve apresentado a palavra de Deus (At 6:4), ou ministrando a palavra de Deus, esta pessoa é um ministro de Deus. Porque "importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros do mistério de Deus" (1Co 4:1-2). O serviço a Deus relacionados aos santos que vivem na localidade é o ministério no aspecto "MICRO". Que pode ser também para queles santos consagrados ao minisério extra-local, ou que abrange outras localidades, Como o ministério do Apóstolos, aí estaremos falando do ministério no Aspecto "MACRO", mais abrangente do edificar os santos somente em uma localidade!. Porque aonde "O Ministério" estiver é para a Edificação do Corpo de Cristo, aonde os santos estiverem crescendo mesmo que em condições precárias da Palavra, aí estará havendo edificação. O mais importante é nós percebermos que na Bíblia "O ministério de Cristo" pode se manifestar como algo exercitado por irmãos que edificam os santos na Igreja, sem um envolvimento mais efetivo com a obra, ou seja, é o que chamei de aspecto micro. E no Aspecto Macro de "O MINISTÉRIO", aí se requer um envolvimento mais efetivo e eficiênte com a obra, levando em conta o "IDE" de Jesus em MT 28:19, observe que aquele "IDE" foi direcionado para os irmãos da OBRA, ou apóstos, e não para os discípulos. A obra requer que haja uma separação bem específica conforme AT13:1-3, diferente da obra de edificação praticada por aqueles santos que não possuem um Ministério Extra-local. Aí entra a questão da subordinação das igrejas debaixo de um ministério específico, tornamdo-as Igrejas Federadas. Porque misturar a Obra com a Igreja provoca confusão na Igreja, e serve mais para edificar a Obra humana de um ministro em partiular.

Se na época do irmão Nee já houve confusão por se perder de vista a linha demarcatória entre a igreja e a obra, não é diferente dos nossos dias. Temos ciência de que as igrejas são resultado da obra, e certamente não podem incluir a obra. E que é errado que os apóstolos interfiram nos assuntos da igreja, mas é igualmente errado que a igreja interfira nos assuntos da obra: 'Gravemos em nosso coração que nossa obra visa ao nosso ministério, e nosso ministério visa às igrejas. Nenhuma igreja deve submeter-se a um ministério específico, mas todos os ministérios devem submeter-se à igreja. Que devastação tem sido causada na Igreja pelo fato de que seus ministros têm buscado conduzir as igrejas para debaixo do ministério deles, em vez de, pelo ministério deles, servir as igrejas. Assim que são conduzidas para debaixo de algum ministério, as igrejas cessam de ser locais e passam a ser facciosas. (...) O obreiro a quem Deus deu nova luz sobre a Sua verdade deve encorajar a todos os que a receberam a fortalecer as fileiras da igreja local, e não a se agrupar ao redor dele. De outra forma, as igrejas irão servir ao ministério, e não o ministério às igrejas; e as “igrejas” estabelecidas serão “igrejas” ministeriais, e não locais. A esfera de uma igreja não é a esfera de um ministério, e, sim, a esfera da localidade. Sempre que o ministério tem a oportunidade de formar uma igreja, aí há o início de uma nova denominação. Estudando a história da Igreja podemos ver que quase todos os novos ministérios conduziram a novos adeptos resultaram em novas organizações. Desse modo, “igrejas” ministeriais foram estabelecidas e denominações, multiplicadas (...) A igreja não é controlada por um ministério, mas servida por todos eles. Se um grupo de filhos de Deus está aberto para receber apenas uma verdade, é uma facção'.( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 151-153).

E assim com as igrejas locais transformadas em igrejas ministeriais, está pronta uma verdadeira plataforma para servir ao crescimento de um ministério específico, algo totalmente divergente da atuação neotestamentária dos obreiros revelada nas escrituras.

Realmente conforme a revelação das escrituras a Obra extra-local possui um centro, mas as igrejas não!: “O segundo aspecto é que, em cada região, vê-se um centro, ao passo que as igrejas não possuem um centro. A igreja em Jerusalém não tem controle algum sobre a igreja em Samaria. Aqui todos os estudiosos da Bíblia sabem que as igrejas são locais, e que a igreja numa localidade não pode exercer controle sobre a igreja em outra localidade. Além disso, a igreja numa localidade não pode controlar as igrejas em muitas localidades. A esfera de ação mais ampla de uma igreja é limitada à sua própria localidade. Não deve haver um conselho distrital, ou quartéis-generais para a igreja”.(Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 163).

Referência Bibliografica:
1- A Bília
2- Lee, Witness. Unanimidade para o Mover do Senhor. SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.151.
3- Nee, Watchman. Espírito de sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003
4- Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991.
5- Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.238.

Extraído do site: http://irmaosemsaogoncalo.com.br/

O EXCLUSIVISMO



Chama-se exclusivismo a doutrina que prega ou que dá a entender que a vontade de Deus está presente exclusivamente em um grupo; que um grupo pode deter, exclusivamente, a benção e o conhecimento do Plano de Deus. O cristão seduzido por esse ensinamento acredita, no seu íntimo, que é melhor e mais abençoado que seus irmãos, e é detentor das verdades mais elevadas e da revelação mais plena do desejo de Deus para o Seu povo.

Uma pessoa exclusivista é facilmente reconhecida pela sua tendência a ensinar sempre, dar sempre, mas nunca receber, já que os demais cristãos estão em um nível inferior de conhecimento e não podem, por isso, trazer-lhe nova luz. O exclusivista não sabe o que significa comunhão, não sabe ouvir, não consegue ganhar nada de novo dos demais membros do Corpo de Cristo. Ele se fecha em si mesmo e no seu grupo. Não consegue participar de nenhuma atividade promovida pelos demais grupos. Quando fala dos outros, sempre usa o tom professoral de misericórdia com os fracos na fé.

Normalmente, os exclusivistas são pessoas soberbas, altivas e distantes. São conhecedores da Palavra de Deus, costumam entender hebraico e grego, sabem explanar mensagens com maestria, mas lhes falta poder para conduzir, por exemplo, seus filhos ou sua família ao Senhor.

Geralmente não pregam o Evangelho e quando o fazem as pessoas não se convertem. Não costuma assim a dar frutos, uma vez que o conhecimento da letra os tornou totalmente estéreis do ponto de vista espiritual. Entretanto, costuma a ganhar todas as discussões bíblicas em que se envolve.

O exclusivista tem prazer em se relacionar com outros exclusivistas do seu grupo, mas acha tendioso ter comunhão com irmãos "mais fracos" ou novos na fé. Esse tipo de cristão pode ensinar aos outros, mas ele mesmo não consegue aprender nunca o que significa misericórida e compaixão com o próximo.

É terrível a situação daqueles que caem na armadilha do exclusivismo... e não são poucos.

E nós, será que estamos sendo seduzidos pelo exclusivismo? Através da experiência, observação e comunhão dos santos, podemos afirmar que em pelo menos 8 situações estará presente o exclusivismo:

SISTEMATIZAÇÃO - Possuirmos uma forma particular de adoração: hinos, formas de reunir etc., que não aceita as demais simplesmente porque são diferentes ou, do nosso ponto de vista, não são tão espirituais (1 Co 3:3, 12:25, 2 Co 3:17, Gl 2:4, 4:26, 31, 5:1; 2 Sm 6:14, 22:20; Is 61:1). A aversão ao ritualismo religioso dos outros, por fim cria o ritualismo próprio, igualmente sectário e geralmente mais frio e impessoal, dada a “superioridade espiritual” do grupo.

SUPERIORIDADE ESPIRITUAL - Acharmos que somos mais espirituais que os demais irmãos (Pv 22:4, Sf 2:3, Cl 3:12, Tg 3:13). Ainda que tal situação fosse verdadeira, o crescimento de vida implica a humildade diante de Deus, como pequeninos em Cristo (Mc 10:14), mas alguns “inculcando-se por sábios tornaram-se loucos...” (Rm 1:22), ignorando que “...o saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8:1b). Por isso está escrito”destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos” (1 Co 1:19). Tal superioridade maligna apenas semeia discórdia entre os irmãos e aniquila a luz, levando tal pessoa ou grupo para as trevas da ignorância, como está escrito: “...graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos” (Mt. 11:25), pois a soberba precede à ruína (Pv 16:18), é abominável (Am 6:8), é enganosa (Ob 3), é procedente do coração e contamina o homem (Mc 7:21-23) e será abatida por Deus (Is 13:11);

SUPERIORIDADE DOUTRINÁRIA - Acharmos que temos "as verdades" e que os "pobres irmãos que não reúnem conosco" não as possuem e por isso estão em um nível inferior tanto na doutrina quanto no crescimento de vida (Fp 2:3). A contradição surge quando se verifica que a maioria das verdades estão nas prateleiras das bibliotecas e não no bom depósito da fé (2 Tm 1:12) e, quando muito, foram apenas lidas ou entendidas, mas nunca experimentada na prática. A fé objetiva ainda não passou pelo fogo para ser provada e se tornar a preciosa fé subjetiva em nossas vidas, misturando-se com o nosso viver (1 Pe 1:6-9), produzindo assim a salvação de nossas almas e isso ocorre no dia-a-dia e não em reuniões “recheadas de verdades”. O confronto da prática diária com a superioridade doutrinária, na luz de Deus, revela apenas o engano do “falso crescimento” e do pecado de presunção;

SECUNDARIEDADE - Nos apegarmos a pontos secundários da fé, não recebendo os que também se apegam a tais pontos: batismo, falar em línguas e demais dons, negligenciando assim Romanos, cap. 14. "Sem Romanos 14, jamais poderemos ter a vida do Corpo. A maioria dos que estão falando sobre a vida do Corpo não a têm; eles apenas têm uma divisão...se quisermos ter a unidade, temos que nos tornar bastante gerais." (Peculiaridade, Generalidade e Sentido Prático da Vida da Igreja, pg. 27). Teoricamente, o grupo afirma que Cristo é o centro e nada mais importa, mas, na prática, os pontos secundários são igualmente importantes e devem ser preservados. Para constatar esse fato basta apenas tentar excluir ou não praticar qualquer um desses pontos secundários; quando fizer isso, você verá quanto forte é a reação do grupo;

BIPOLARIZAÇÃO - Tivermos sentimento bipolarizado na comunhão e tratamento, criando inconscientemente dois grupos distintos: o primeiro formado por NÓS (os que afirmam viver a unidade) e o segundo, formado pelo demais cristãos (os que não estariam “nessa” unidade). Como não é mais possível utilizar o termo NOSSA IGREJA para o primeiro grupo, este passa, sob o manto de uma falsa espiritualidade, a designar os demais filhos de Deus com pronomes e adjetivos que apenas realçam a doença oculta e sutil do sectarismo (Sl 133). Assim os dos segundo grupo são chamados de: ELES, os irmãos de denominação, os irmãos que não reúnem conosco, os que estão na religião, “os nossos amados irmãos” que estão na divisão, etc. Tal sentimento faccioso na maioria das vezes é involuntário devido à ignorância, mas quase sempre não é devidamente combatido, o que permite sua propagação e infiltração no coração dos crentes, mesmo diante das advertências da Santa Palavra (Tt 3:10, Tg 3:14, Rm 16:17, 1 Co 1:10, 11:8, 12:25). Assim como a igreja não possui sobrenome, os irmãos também. Somos apenas irmãos (Mt 23:8) nem mais, nem menos que isso, sem quaisquer qualificativos, graças a Deus (1 Co 15:10). Geralmente a unidade restaurada no início, degrada-se para a “nossa unidade”, isto é, a unidade de um determinado grupo, quando deveria ser a unidade de todos os filhos de Deus (Jo 17:21). Começam então a haver contradições e conflitos difíceis de serem solucionados, tendo em vista o fortalecimento do sentimento de igreja enquanto assembléia (um grupo de cristãos) e arrefecimento do sentimento de igreja enquanto Corpo de Cristo no aspecto local e universal;

FIDELIDADE MINISTERIAL - Seguirmos um Ministério específico, reportando-nos a tal ministério humano, seguindo cegamente suas orientações (1 Co 7:23). Tal atitude criaria o que o irmão W. Nee chama de igrejas ministeriais, que são sectárias. O mais perigoso ainda é quando tal ministério exige obediência e fidelidade. Contra essa atitude, Pedro adverte "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por CONSTRANGIMENTO, mas ESPONTANEAMENTE, como Deus quer...nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do Rebanho" (1 Pe 5:2,3). Alguns têm utilizado versículos que falam sobre “preservar a unidade e unanimidade” como sendo fidelidade a determinado ministério. Tais ministros se esquecem que a unidade e unanimidade de que trata a Bíblia não é produto da intervenção humana, mas a constatação de uma realidade espiritual profunda: a vida que nos une! Não há nada que possa unir e manter unidas pessoas com histórias de vida tão diferentes, de diferentes culturas, classes sociais e pontos de vista, a não ser a vida divina, por isso, na oração sacerdotal, o Senhor pediu ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e eu em Ti, também sejam eles em nós”. Essa é a verdadeira unidade;

MEDO - Através da utilização descontextualizada de versículos relativos a “negar a vida da alma” (Mt 16:24), “sair da mente” (Rm 8:6), “não tocar o ungido de Deus” (1 Sm 24:10) e “respeitar as autoridades” (Rm 13:1,2) os irmãos são direcionados a não pensar, no sentido de deixarem de raciocinar, a fim de que não vejam a situação em que se encontram. Freqüentemente os irmãos que começam a questionar a situação são taxados de mentais, almáticos e divisivos e são invariavelmente induzidos a pensar que o problema são eles próprios. Mas o homem espiritual julga (analisa e decide) todas as coisas (1 Co 2:15) e não procura agradar a homens, mas a Deus (Cl 1:10; Gl 1:10; Cl 3:22; 1 Ts 2:4);

PROIBIÇÃO A QUALQUER QUESTINAMENTO – tal proibição é uma decorrência do MEDO, visto acima. O que mantém um grupo no exclusivismo e ainda prolonga sua pífia existência é uma desesperada necessidade de proibir que os irmãos questionem a situação em que se encontram. Ninguém pode pensar, refletir, buscar explicações, ler outros livros, conversar com determinados irmãos nem, muito menos, dizer aos outros que têm dúvidas quanto ao grupo.

A doutrina da infalibilidade de determinado ministro já foi utilizada na história do cristianismo em várias oportunidades. Para essa doutrina, as lideranças não devem ser questionadas porque são a voz de Deus na terra e, portanto, simplesmente são infalíveis. Contudo, em um ambiente saudável, todos são livres para expressar seus sentimentos e assim, diante da luz do Senhor, resolver suas diferenças e promover o crescimento do Corpo.

Somente um choque muito forte e muita misericórdia de Deus pode liberta alguém enredado pelo exclusivismo.

Fonte: http://www.igrejanoslares.com.br/Exclusivismo.php

Somos uma parte da Igreja nesta cidade


VIVENDO UM EVANGELHO SIMPLES
Procuramos nos reunir apenas no nome do Senhor Jesus, onde Ele é o centro das reuniões e de todo o nosso viver. O Espírito Santo está falando ao coração de muitos e convencendo pessoas sobre viver a vida da igreja de uma maneira simples e pura, baseada em um caminhar na dependência do Espírito Santo e em relacionamentos de amor e serviço com outros irmãos.

FORA DO SISTEMA RELIGIOSO
No mundo inteiro Deus tem chamado pessoas para saírem dos sistemas religiosos que são controladores da fé dos irmãos e manipuladores dos sentimentos e da alma dos que tem sede de Deus. O Senhor Jesus está fazendo isto porque quer que seu povo o sirva com liberdade no Espírito; Ele quer que nós o conheçamos de fato e intimamente e que caminhemos em sua graça, livres de todo tipo de religiosidade e leis humanas que servem apenas para desviar as pessoas Dele.

REUNINDO EM SEUS LARES
Assim como nossos irmãos no passado, buscamos uma esfera de comunhão nos reunindo em nossas casas, onde o ambiente é propício para todos funcionarem e exercitarem seus dons. Cada irmão que tem no coração o desejo de servir ao Senhor Jesus pode hospedar a igreja em sua casa (RM 16:3-5).

VENCENDO O MUNDO
O crente deve vencer o mundo visível e as coisas do mundo invisível também. O apóstolo escreve: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provais os espíritos”. “Provar os espíritos” tem a ver com o mundo espiritual. “Mas posso fazer isso?”, você perguntará. Você pode, pelo menos, fazer a primeira coisa: não dar crédito a todo espírito. Você pode manter uma atitude de neutralidade em relação a todas as coisas do mundo espiritual até ter certeza de que elas são de Deus, em vez de manter-se aberto para tudo, por temer estar rejeitando o que possa ser de Deus. Quando Deus diz a você para duvidar, é preciso duvidar. Você tem ordem para duvidar até que tenha provado. Será que Deus vai ficar entristecido por isso?

“Porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”. Esses espíritos são, então, os espíritos que falam e ensinam por meio dos homens, de acordo com 1 Tm 4:1-4.
Aquele que deve vencer precisa provar os espíritos hoje, até que provem ser de Deus; ele não deve crer em qualquer espírito que ensina pela boca dos homens, não importa quão bons sejam, sem provar a origem dos ensinamentos por sua postura para com o Senhor Jesus Cristo. (Jessie Penn-Lewis, A Cruz: O Caminho para o Reino)
Deus, o mesmo que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos ou santuários feitos por mãos humanas. (Atos 7:48, 17:24) Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até o fim. (Hebreus 3:6)